
Antes de escrever esta história, pensei numa pergunta sobre ela: Por que é que eu tenho que começar a história do começo, de cabeça pra cima e da esquerda para a direita, quando posso começar do fim, de cabeça para baixo e talvez nunca chegar a terminar?
Escrever assim, ao contrário, mudaria toda a teoria de que os fins justificam os meios. Pois, pense bem! Começando pelo fim, este fim teria que justificar o meio, mas o meio viria depois. Seria como me justificar por algo que eu ainda não fiz. E se justificar por coisa que não existe parece loucura. E seria!Mas, se pensarmos por outro lado, sendo o fim o começo e o começo o fim, justificar-se antes de fazer seria como desculpar-se por antecedência, ou pedir licença para fazer algo, que nunca há de ser feito. Creio que seria educado isso. E educação, ainda que com loucura, é sempre bem-vinda.
Quanto ao começo, talvez o começo nunca existisse, pois é bem do meu feitio começar coisas e nunca terminar e, sendo o fim o começo e começo o fim, eu nunca haveria de começar esta história.
Nem hei de começar.
Já não comecei.
E, neste caso, ela não existe.
E você, só pode ser louco por estar lendo uma história que não existe!
E eu, deveria prestar mais atenção a quem ando escrevendo minhas histórias.