Do you speak Corporativês?

No site http://danieldebonis.org tem um Pequeno dicionário do mundo corporativo, pra gente aprender e se deliciar, rindo da maneira como o autor explica os significados. Copiei alguns termos aqui pro blog... vai vendo!

Benchmark: Sabe quando você pensa: “Alguém em algum lugar deve saber fazer essa merda direito”? Esse alguém é obenchmark.

Board: Grupo de homens de cabelo branco, arrastados à força (física ou pecuniária) para reuniões sobre assuntos de que não entendem.

Brainstorming: Ritual dionisíaco-surrealista; terapia em grupo.

Branding: Chamar o pessoal do Porta dos Fundos pra fazer um comercial, na esperança de que alguém lembre o nome do seu produto. O que é meio difícil, se eles estiverem em TODOS os comerciais de TODOS os produtos do mercado.

Briefing: Resumo. Tipo aquele fichamento que você nunca fez na escola.

Budget: Lugar onde suas despesas não cabem, mas ninguém vai rever seus KPIs por isso (ver KPI).

Business Plan: Ente metafísico, a que se atribuem poderes sobrenaturais. Ninguém conhece seu verdadeiro teor.

Case: Concorrente onde você realmente queria trabalhar.

CEO (Chief Executive Officer): Aquele gringo que ainda não entendeu, afinal, o que é que a empresa faz.

Chairman: Membro do Board que dorme nas reuniões e ninguém fala nada (ver Board).

Coffee break: Banquete orgiástico.

Consultor: 1. Ex-executivo que continua mamando na empresa. 2. Sujeito que mama na empresa na esperança de se tornar executivo dela.

Core business: O que a empresa sabe fazer bem, até o Boarddecidir que não é isso e sim outra coisa (ver Board).

Copy + paste: Técnica para elaboração de textos, considerada a mais eficiente desde a invenção da escrita cuneiforme.

CRM: Conjunto de técnicas de procrastinação, sugestão e hipnose destinadas a não deixar o target perceber que está sendo enganado.

Deadline: Prazo arbitrário e imutável, definido em sessões secretas por ogros sádicos de seitas satânicas.

Debriefing: Relato ao superior imediato com fofocas cabeludas sobre a reunião em que ele não estava.

E-learning: Tecnologia de ponta empregada para comunicação e interação online, de forma a tornar mais eficiente o processo de fingir ensinar e fingir aprender.

Economia de baixo carbono: Mundo mágico, onde vivem fadas, elfos e duendes.

Feedback: Se for um chute no saco, desvie.

Festa da firma: Rito pagão caracterizado por presentes indesejados, cantadas embaraçosas e puxa-saquismo explícito.

Forecast: Chute; aposta; adivinhação. Desde que feitos sem a menor sombra de critério.

Hands-on: Trabalhar de verdade; não isso que você faz todo dia.

Head: Quem leva a culpa se o projeto não cumprir a Deadline ou estourar o Budget (ver Deadline e Budget).

Headcount: Número cuja propriedade definidora é ser grande demais, segundo o Board (ver Board).

Headhunter: Corsário determinado a roubar os únicos profissionais competentes que ainda sobraram na empresa.

Insight: Ideia do chefe.

Insight brilhante: Ideia do CEO.

Microsoft: Fabricante de bugs. De brinde, oferecem processadores de texto e planilhas.

Networking: Número total de chatos que você tem que aturar pra quem sabe um dia subir na carreira.

Pós-venda: Ato de suportar as reclamações mais do que justas dos clientes, respondendo-as com declarações vagas e de difícil compreensão.

PowerPoint: Programa cuja radiação inibe as capacidades humanas de pensamento e fala.

Stakeholder: O cara que segura o bife.

Trainee: Aquele playboyzinho que acabou de chegar e se acha o CEO. Mande ele tirar uns xerox e te trazer um Big Mac pra ele saber o lugar dele (ver CEO).

Trend: Quando o CEO entende o que é, já passou (ver CEO).

Workaholic: Pessoa normal, que não trabalha menos que oitenta horas por semana, ou pelo menos finge bem.

Workshop: Período de torpor e sonolência, entremeado por banquetes orgiásticos (ver Coffee break).