Sem pé nem pé. Quem falou em cabeça?

Deitei sentada na minha cama, confortavelmente no sofá.
Lia um livro interessante.
Era um programa de TV sobre o futuro, mostrando tudo sobre o passado.
Bateu uma sede e fui buscar algo para comer.
Minha mãe havia encomendado um bolo que ela mesma preparou.
Dei uma mordida e a torta estava uma delícia.
Coloquei o copo de lado e continuei lendo a revista.
As fotos eram lindas. Pena não ter muitas imagens.
O jeito era dormir, então levantei.
Fui tomar um banho gelado, afinal estava com frio!
A campainha tocou, saí correndo do banho.
Por sorte não escorreguei, pois estava bem seca.
Quando atendi, já tinham desligado.
Coloquei o telefone no gancho e voltei pro quintal.
Precisava regar as azaleias, pois estavam lindas.
Já a grama, não precisava de água, estava toda ressecada.
O perfume da violeta invadia o jardim.
De repente o telefone tocou.
Era um moço na porta.
Queria pedir dinheiro para comprar pinga,
afinal estava com muita fome.
Dei meio pão duro fresquinho. Ele adorou.
Gosto de fazer o bem! Então fiquei me sentindo mal comigo mesma.
Voltei para minha cama e lá me sentei, deitada, com a revista na
mão, assistindo um livro só com fotos, sem imagens, sobre o futuro,
que falava do passado. O som já estava embaralhando a minha
vista. Então fechei a boca e dormi.
Acordei logo em seguida, à meia noite,
com um triste e enfadonho "BOM DIA".